quarta-feira, março 21

O meu corpo

As gajas amam a Demi Moore, uma tipa que se nega a envelhecer nem que seja a subtemer-se a tratamentos horríveis com sangue-sugas. A Demi Moore é exemplo do quê? Eu olho para as fotos e só vejo uma senhora com ar cadavérico e doente, a arrastrar-se nas red carpets como quem pede desculpa por ser velha. O pior é que nenhuma das mulheres que conheço tem dinheiro para pagar tratamentos milionários que estiquem, estimulem, rejuvenesçam ou escondam os anos no corpo, nem sequer vida para não comerem, nem beberem ou passarem temporadas em spas com treinadores. As mulheres reais não são a Demi Moore. As mulheres reais têm filhos e um pneu que a duras penas vão tentando esconder debaixo de camisolas super giras da Zara. As mullheres reais começam uma dieta e depois vão jantar fora com as amigas e bebem quatro copos de vinho. As mulheres reais não estão gordas porque não cabem na 36. As mulheres reais têm que começar a ter juízo e deixarem de se olhar num espelho que é mentira. E não eu não estou gorda, minha gente, sou é uma gaja que teve dois filhos e está cada dia mais gira. E não é por ser magra. Chama-se amor próprio e calças do meu tamanho.
A minha relação com o meu corpo não é a mais pacífica.
Desde criança que tenho excesso de peso, sempre fui a mais gordinha da turma, a mais gordinha do grupo de amigos, e por aí.
Já tentei fazer várias dietas, todas sem sucesso. Tive apenas uma fase, aí em 2006, em que emagreci muito, mas nem sequer foi pelos melhores motivos.
Sei que se perdesse alguns kilos (muitos), seria muito mais saudável, teria uma auto-estima mais elevada. Se calhar teria mais facilidade em encontrar trabalho (sim, porque as pessoas gordas ainda são descriminadas), ou então teria mais facilidade em arranjar um namordo.
Mas, depois tenho momentos em que penso que o mais importante é a beleza interior, que o aspecto não importa assim tanto, que quem tem que gostar de mim, gosta tal e qual como eu sou, que é possivél conseguir trabalho mesmo tendo muitos kilos a mais.
Um dia penso de uma maneira, outro dia penso diferente.
Resumindo, ser mulher, ou melhor ser a T*, não é facil!

2 comentários:

Confuskos disse...

Não é fácil ser ninguém! Já prós problemas dos outros eu tenho sempre solução!! Será que o inverso se aplica?? ... de certeza!

Beijinho*

T* disse...

Há sempre solução...e neste caso passa por emagrecer, lol.

Bjitos